segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Episódio 17


Os dois amigos se despediram. Jaciara estava preocupada com o fato de o saco preto com o papagaio ter chegado até a reciclagem daquela forma. Assim, ela pensou em como desvendar o mistério.
- Varre Tudo, vou descolar algumas informações e te repasso à tarde, certo? Qualquer coisa eu te ligo novamente.
- Certo! Um abraço, Jaci. E não esquece: não conta aquele segredinho, tá?
- Pode deixar, Varre Tudo.
Jaciara tomou um ônibus e voltou para a reciclagem. Ao chegar ao local, deparou-se com Juseppe.
- Jaciara! Por onde você andava que eu tentei te ligar e o celular estava desligado. – exclamou Juseppe.
- Pois, olha Juppe, estava almoçando com uma amiga minha, sabe, ela anda com alguns probleminhas com o namorado e resolvi ajudar. – disse Jaciara meio sem jeito, não sabendo ao certo por que estava mentindo para Juseppe.
- Ah! Minha Jaci! Sempre querendo ajudar mais um.
- Juseppe, deixa eu te contar uma. – disse Jaciara. – Dá uma olhada naquele saco preto lá fora. - apontou a moça.
Jaciara pensou que Juseppe poderia estar envolvido com aquilo, mas ainda não sabia de que forma.
- Mas o que é isso! – indagou Juseppe aos gritos.
- Você sabe de alguma coisa? – perguntou Jaciara.
- Claro que não! Olha, Jaci, eu tenho que ir agora. Nos falamos à noite, certo? – disse Juseppe e saiu correndo.
- Estranho! – pensou a moça.
Nesse meio tempo, chegou o moço do caminhão, que trouxera o saco preto com o papagaio.
- E aí, Jaciara, trouxe mais algumas coisas aqui pra reciclagem?
- Viu! Me diz uma coisa, Antônio. Naquele saco preto ali fora, tem um papagaio morto. Você trouxe junto com o lixo. Por acaso, sabe alguma coisa sobre a procedência?
- Jaci, os garis ajuntaram aquele saco preto da Gráfica Papagaio, que fica no centro. Achei estranho, mas, como o pessoal colocou no caminhão, nem me toquei em perguntar. Mas que estranho, como pode um papagaio morto estar dentro do lixo que vem da gráfica?
- Pois é, Antônio, é justamente isso que eu queria saber. Mas vamos continuar nosso trabalho. – disse Jaciara, com plena intenção de mandar Antônio embora e ligar para Varre Tudo.
- Então tá, Antônio. Nos falamos outro dia.
Despediu-se do motorista da COVAT e logo discou para Shirley, a fim de encontrar Varre Tudo.
- Shirley, querida, me passa o Varre Tudo, preciso falar com ele.
- Oi, Jaci! Espera um pouco que eu vou chamar ele.
- Alô! Varre Tudo? Sou eu, Jaciara.
- Oi, Jaci!
- Escuta! O Antônio, motorista, me contou que o saco preto com o papagaio veio da Gráfica Papagaio. Precisamos investigar isso, amigo.
- Nossa!
- Pois é, eu tive uma idéia. Quem sabe a gente não vai até essa gráfica?
- Jaci, boa idéia! Mas como?
- Olha, eu acho que talvez você poderia ir... – pensou a moça.
- Mas acho complicado, agora todo mundo na cidade me conhece.
- É verdade! Você não conhece alguém que poderia fazer isso?
- Hum! Deixa eu pensar. Sim! – disse Varre Tudo, entusiasmado. - O Jéferson, meu primo! Ele sabe do documento.
- Legal. Então olha só, você entra em contato com ele e pede se ele topa, certo?
- Jaci, você é um gênio. Nos falamos, um beijo!
- Outro pra você.
Jaciara desligou o telefone com a sensação de que iriam descobrir alguma coisa logo.
Ao chegar em casa, Varre Tudo ligou para o primo.
- Olá, Jéferson.
- E aí, Varre Tudo, te vi no jornal, agora tá famoso, hehehe
- Pois é, primo! Mas olha só. Eu preciso falar contigo urgente. Podemos nos encontrar manhã?
- Claro, amigo! É só marcar.
- Amanhã, lá no Parque dos Sabiás, tá?
- Certo, estarei lá.
E desligou o telefone. Varre Tudo, de tão entusiasmado com a história, mal conseguiu dormir aquela noite.

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